A Direção do Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes, representada pelo Presidente, TCor João Paulino e pelo Vice-presidente, Maj Jorge Carvalho, participaram na cerimónia evocativa do Combate do Casal Novo, que ocorreu a 14 de março de 1811.
O Município de Condeixa-a-Nova, em parceria com o Grupo de Recriação Histórica de Condeixa e com o apoio da Associação Napoleónica Portuguesa, promoveram estas cerimónias com o seguinte programa:
• 10h00 – receção dos convidados nos Paços Municipais;
• 10h30 – hastear da bandeira nacional;
• 11h30 – início da cerimónia evocativa no local de Casal Novo, com deposição de coroas de flores;
• 13h00 – arrear da bandeira nacional.
Condeixa-a-Nova foi um ponto quente da Guerra Peninsular. O exército francês estava na fase de recuo depois de ter sido travado nas Linhas de Torres Vedras. Ao passarem por Condeixa, os homens de Masséna destruíram tudo o que conseguiram. O antigo Palácio dos Figueiredos, atual Paços do Concelho, é um dos exemplos vivos: foi incendiado pelos franceses, tal como a igreja e algumas casas e houve um número considerável de vítimas civis. Em contrapartida, o belo Palácio dos Lemos escapou incólume ao vandalismo, por ter sido aquele que Masséna escolheu para pernoitar.
O combate de Casal Novo travou-se na alvorada do dia 14 de março de 1811, quando a vanguarda do exército anglo-luso, composta por três divisões de infantaria, uma divisão independente portuguesa e uma brigada de cavalaria (7.000 homens), que seguiram no encalço da retaguarda francesa em processo de retirada, se confrontou com duas divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria (4.600 homens) do VI Corpo de Exército do Marechal Ney, no lugar do Casal Novo em Condeixa.
Após a incapacidade francesa de tomar as linhas de Torres Vedras, e devido às graves dificuldades de manter uma eficaz cadeia logística de abastecimento, Masséna viu-se na contingência de retirar para Espanha. O itinerário de retirada passava pelo eixo de Condeixa – Casal Novo – Miranda do Corvo.
O nevoeiro que se fazia sentir não permitia grandes campos de visão, e as forças anglo-lusas na sua progressão só pararam quando chocaram com os piquetes de sentinelas das forças francesas. As descrições do combate referem uma extrema ferocidade, colocando a determinada altura a Divisão Ligeira aliada numa situação insustentável. O impasse só veio a ser desfeito com um rápido movimento torneante da 3.ª Divisão britânica pela direita da Divisão do General francês Marchand, obrigando o Marechal Ney a ordenar a retirada.

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