Carlos Azeredo liderou a força do CICA 1 que tomou o Quartel-General da Região Militar do Porto no 25 de Abril de 1974. Foi o último governador civil do Distrito Autónomo do Funchal e concorreu às autárquicas no Porto, em 1997.
Carlos Azeredo foi o último governador civil do Distrito Autónomo do Funchal e presidente da Junta Governativa da Madeira.
Nascido no seio de uma família nobre e monárquica em Marco de Canaveses, a 4 outubro de 1930, Carlos Azeredo ingressou na Escola do Exército em 1948 e no decorrer da sua carreira militar cumpriu cinco missões no Ultramar.
Também teve um papel importante no 25 de Abril de 1974, enquanto tenente-coronel, tendo liderado a força do Centro de Instrução de Condução Auto Nº 1 (CICA 1), à qual mais tarde se juntaram as forças de Lamego, que tomou o Quartel-General da Região Militar do Porto.
Além dos cargos que desempenhou na Madeira, também foi Comandante da Região Militar do Norte e Chefe da Casa Militar do Presidente da República Mário Soares, tendo sido condecorado com a Medalha Militar de Ouro de Serviços Distintos com Palma e com a Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra.
Em 1997 concorreu nas autárquicas à Câmara Municipal do Porto pela coligação PSD/CDS, tendo sido derrotado pelo socialista Fernando Gomes.
Em 2004, publicou um livro intitulado “Trabalhos e Dias de um Soldado do Império” no qual aborda aspetos relacionados com a invasão do Estado Português na Índia, a guerra colonial, o 25 de abril e o acidente de Camarate que vitimou Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.
A notícia do falecimento de Carlos Azeredo, aos 90 anos, vítima de doença prolongada, foi avançada pelo Diário de Notícias da Madeira, que cita fonte da família.
Em nota de pesar, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, manifestou a sua “profunda tristeza pela morte do general Carlos Azeredo”, um homem que, na sua opinião, “soube interpretar de forma digna e corajosa os ideais da implantação da democracia e da conquista da autonomia da Madeira”.
José Manuel Rodrigues considera que “a História lhe reserva um papel crucial na transição do poder central para o poder regional, de auto governação, consagrado na Constituição da República Portuguesa”.
No seu entender, a Madeira tem “uma enorme dívida de gratidão a um homem íntegro e de princípios, que soube dar corpo aos anseios autonomistas das populações da Madeira e do Porto Santo”.
Fonte: www.dn.pt

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