Núcleo de Vila Real de Santo António – Monumento aos Combatentes (Castro Marim)

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A freguesia de Castro Marim celebrou no passado dia 8 de Julho, o Dia da Freguesia e a manhã foi dedicada aos combatentes da guerra do Ultramar com a inauguração de um monumento em honra de todos aqueles que lutaram pelo país. O secretário-geral da Liga dos Combatentes, o coronel Lucas Hilário, esteve em Castro Marim e mostrou-se bastante emocionado na cerimónia de inauguração do monumento, “uma obra simples que traz com ela o fator humano, aquilo que os historiadores habitualmente deitam fora porque não tem significado para eles e porque também, às vezes, não tem significado para os políticos”.
Vários combatentes presenciaram o momento de homenagem a quem não sobreviveu à guerra e António Fonseca, um desses ex-combatentes, recordou o companheiro Arnaldo Manuel Cavacas, que “faleceu na minha presença e praticamente nos meus braços”. Recordações dolorosas e difíceis de esquecer por todos os que fizeram parte de um momento da história marcado pela dor, pela saudade e pelo sangue derramado. Vítor Esteves, presidente da Junta de Freguesia de Castro Marim, recorda Adriano Martins, Arnaldo Manuel Cavaco Gomes, Joaquim Corvo Trindade, Manuel Vicente Correia, Tomás António Nobre e José Trindade Anica, “seis dos nossos que não regressaram da guerra” e cujos nomes estão gravados no monumento hoje inaugurado.
Para Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim, “momentos como estes deveriam ser completados com o apoio efetivo àqueles que ainda hoje sofrem” porque o autarca entende que o Estado tem “mais do que a obrigação de reconhecer o sofrimento dos antigos combatentes e contribuir para o atenuar”.
Quem tiver conhecimento de outros combatentes caídos em combate, além dos seis já representados no monumento, que foram indicados pelas autoridades, pode comunicar à Junta de Freguesia que posteriormente vai acrescentar esses nomes ao monumento. Vítor Esteves garante que “esta não é uma obra acabada” e está preparada para ser melhorada a qualquer momento.
Nos últimos cinco anos surgiram por todo o país, cerca de cem monumentos de homenagem aos soldados que, para o coronel Lucas Hilário, “são combatentes para toda a vida”.

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