Por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher, no dia 08 de março de 2022, o Núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes, pelas 19h00, realizou no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, uma palestra subordinada ao tema “O Movimento Nacional Feminino”.
Para este evento foi convidado o Dr. Jorge Artur São Pedro Sousa Gomes, Investigador em História Moderna e Contemporânea. Militar a exercer atualmente funções na Direção de História e Cultura Militar do Exército. Estiveram presentes as representantes do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e do Presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira e Alverca do Ribatejo e Sobralinho, para além, de presidentes de associações do concelho, combatentes, familiares, demais convidados e público em geral.
A todas as mulheres foi ofertada uma flor e a todos os participantes, um laço com as cores da Ucrânia.
Antes do inicio a palestra, efetuou-se um minuto de silêncio em memória do Coronel Vítor Cabacinho, Vogal da Direção, falecido recentemente e em memórias das vítimas da guerra da Ucrânia.
O Presidente do Núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes, Sargento-Mor Armindo Santos Silva, iniciou a palestra com uma declaração em nome da Liga dos Combatentes, repudiando a violação dos Direitos Humanos, no Leste da Europa, com o uso de Forças Armadas em ações de guerra, sem que estivessem esgotados os caminhos pacíficos da diplomacia e alertando para a necessidade de em permanência, Portugal dispor de Forças Armadas capazes de serem, quando necessário, um contributo válido, proporcional e sustentado para a defesa da Paz na Europa.
Referiu também que o propósito daquela palestra, era por um lado, comemorar o Dia Internacional da Mulher, prestando dessa forma uma justa homenagem às mulheres e mães Ucranianas, chamando à atenção para a situação de guerra na Ucrânia, e por outro, homenagear a mulher portuguesa, que ficou na retaguarda e que deixando o conforto do lar buscou, com o seu trabalho, fazer face às necessidades daqueles que, por usarem farda, tiveram que partir para África, bem como, aquelas que viveram a guerra através dos seus maridos, filhos, ou parentes, e que naquelas despedidas, ao vê-los partir, corriam lágrimas silenciosas nos rostos austeros e quando os seus entes queridos regressavam, havia lágrimas de alegria ou lágrimas de dor, quando não regressavam vivos ou vinham mutilados. Prestar também uma justa homenagem à grandeza daquelas mulheres, pertencentes ao Movimento Nacional Feminino, que fruto da sua presença com permanência e ação junto das tropas em operações militares, provocavam lágrimas de alegria e de incentivo para um empenho maior por parte dos combatentes, para além de deixarem para trás problemas pessoais da mais variada natureza, empregos perdidos, noivados interrompidos, casamentos adiados, pais em situações precárias, familiares doentes e tantos outros.
O distinto orador conseguiu conduzir o tema riquíssimo em conteúdo histórico, através de uma forma altamente entusiasta e motivante, como é apanágio do próprio, promovendo um ambiente expectante na plateia. Após as intervenções, o orador convidou a assistência a colocarem algumas questões, por forma a gerar-se uma pequena tertúlia de debate. Pela participação da assistência e pertinência das questões colocadas, foi uma proveitosa palestra sociocultural organizada pelo Núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes.

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