No passado dia 24 de setembro, foi inaugurado o Monumento de Homenagem aos Combatentes do Ultramar do concelho de Vizela, que coincidiu com o 10º aniversário do Núcleo local da Liga dos Combatentes.
As cerimónias alusivas ao evento tiveram lugar no Jardim Público Manuel Faria, local onde foi erigido o Monumento, contando com a presença de várias entidades das quais destacamos, os Presidentes da Câmara Municipal de Vizela e da Assembleia Municipal, respetivamente, Dr. Victor Hugo Salgado e Dr. Fernandes de Carvalho, do General Cipriano Alves, da Dra. Irene Costa, Deputada à Assembleia da República, representante do Regimento de Cavalaria N.º 6, Capitão Ricardo Vieira, do Sargento-chefe José Manuel Oliveira, Presidente do Núcleo de Vizela da Liga dos Combatentes, do Reverendo Padre Constantino Marcos de Sá, Pároco de Vizela, deputados e vereadores municipais, presidentes das Juntas de Freguesia do concelho de Vizela, representante dos Bombeiros Voluntários de Vizela, de várias associações de combatentes e representantes de diversas associações e coletividades do concelho de Vizela. A Liga dos Combatentes esteve representada pelo Vogal Arqt.º Eduardo Varandas, bem como pelos representantes dos Núcleo de Penafiel e da Lixa. O evento contou também com a presença de muito povo anónimo, combatentes e familiares.

Iniciou-se com o descerramento da placa comemorativa da efeméride, seguida da bênção do Monumento, pelo Reverendo Pároco Constantino Marcos de Sá, tendo, posteriormente, sido colocadas coroas de flores junto à base do Monumento, e prestadas as honras militares com honra aos mortos e toque de alvorada. Seguidamente usaram da palavra o Sacerdote Constantino, o Arqt.º Filipe Costa, autor do projeto, e o General Cipriano Alves. Na sua curta intervenção o primeiro orador felicitou o Núcleo pelo seu 10º aniversário, enaltecendo também os combatentes que arriscaram as suas vidas e os que combatem pela paz. Quanto ao autor do projeto fez uma descrição minuciosa do significado do Monumento, começando por dizer que o mesmo era constituído por três momentos. O 1.º constituído por uma base em pedra granítica representando os soldados que não regressaram da guerra, o 2.º representativo da bravura e relevância dos nossos soldados, formado por três braços emergindo do solo e que suportam a esfera armilar, representando-os no tempo e que carregam a nossa Pátria, estando também aí evidenciados os novos países onde os nossos soldados combateram. O 3.º e último momento é representado pela simples frase “OS HOMENS SÓ MORREM QUANDO A PÁTRIA SE ESQUECE DELES”. Relativamente à intervenção do 3.º interveniente fez uma referência ao momento atual, para dizer que vivemos tempos desafiantes “nada que não tenhamos vivido no nosso passado” quando os combatentes foram enviados para defender territórios de Além-Mar que lhes diziam representar o solo pátrio, referindo que os combatentes cumpriram o seu dever não fugindo para países estrangeiros, eximindo-se ao cumprimento do dever. Os povos preservam as suas memórias como aquele acontecimento vinha confirmar, realçando que enquanto puderem irão reunir-se, todos os anos, naquele local, para afirmar a dignidade do seu passado, proclamando o orgulho de serem combatentes.
